O que acontece quando duas pessoas que nunca se viram e que têm interesses, idades, ocupações, posições políticas e ideológicas muito distintas se sentam à conversa pela primeira vez? Será que a polarização das nossas vidas e o afastamento que vimos sofrendo em relação a vivências verdadeiramente comunitárias e de diversidade tem espelho naquilo que se diz? Será que os discursos anónimos de ódio e extremismo que encontramos por todo o lado, sobretudo nas redes sociais, têm também aqui lugar?
Dois improváveis conversadores, num encontro às cegas, conversam a partir de uma linhagem de questões: sobre a humanidade, a vida, as sociedades, o planeta, política ou o clima. Durante a conversa, estão de costas voltadas – só se podem escutar. Apenas no final será revelada a identidade de quem se encontra “do outro lado”.
Improváveis de Costas Voltadas resulta de um conjunto de entrevistas a mais de 100 pessoas, realizadas em doze cidades portuguesas e duas cidades francesas, onde o lugar de encontro é, simbolicamente, o teatro, como lugar de discussão e pensamento.
Improváveis de Costas Voltadas é uma das actividades que integrou O caminho para “Terminal (O Estado do Mundo)”, um extenso processo de pesquisa no território ao longo do ano de 2023 que antecedeu a criação do espectáculo Terminal (O Estado do Mundo).