Montanha-Russa é um espetáculo da dupla Miguel Fragata e Inês Barahona, à qual se junta a dupla Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo. Um espetáculo em que o teatro e a música disputam o palco, desafiando as convenções do “teatro musical”, como quem desafia as leis da gravidade num loop.
Montanha-Russa mergulha vertiginosamente na adolescência. Retira-a do lugar dos lugares-comuns e procura aproximá-la da dimensão da intimidade. Uma dimensão secreta, privada, interior, mas que vive no desejo de ganhar um palco onde se possa exibir.
Montanha-Russa é o diário deixado em cima da mesa, o diário destilado nas redes sociais, ou o diário perigosamente transportado para o liceu: uma intimidade a gritar “leiam-me!”, uma geração a querer fazer-se ouvir ao som da música.
Este espetáculo foi antecedido por um extenso trabalho de pesquisa junto de várias centenas de adolescentes, que incluiu um open call para a recolha de diários, entrevistas a solo, pequenos espectáculos apresentados nas escolas secundárias, cursos de criação de diários e de composição musical, palestras, etc.
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Todo o processo de pesquisa e criação foi registado pela cineasta Maria Remédio, que assina um documentário sobre o projeto: “Canção a Meio”.
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O texto do espectáculo foi editado no álbum ilustrado “Ciclone – diário de uma montanha-russa“, pela Orfeu Negro.
Livro integrado no Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e distinguido com o Prémio Autores 2020 da SPA na categoria “Melhor Livro Infanto-Juvenil”.