Fake

Fake gravita em torno da figura de Norma B.: uma famosa escritora de romances policiais. Na sua bibliografia, encontra-se um título curioso: “Como Assassinar O Seu Marido”, a história de uma mulher que, como o próprio nome indica, não termina sem que o seu marido seja assassinado. É esse título que lhe traz notoriedade, pela circunstância de, alguns anos depois, Norma ser detida, acusada pela misteriosa morte do seu próprio marido – um famoso professor de culinária.

Mesmo antes de poder pronunciar-se, Norma é julgada publicamente. A sua obra é a prova irrefutável da sua culpa. Os textos escritos por si para dar voz às suas personagens, às suas criaturas, são imputados à criadora. Os seus movimentos mudos, escrutinados em todas as redes sociais. Um súbito close-up sobre a forma como transporta um saco de lixo parece dizer tudo, segundo os seus vizinhos. Para a imprensa mundial, a autora de um título tão sugestivo, só pode ter a pior das intenções. A verdade parece evidente, não?

Fake explora as tensões entre a verdade e a mentira, informação e desinformação, crenças individuais, colectivas e a nossa propensão para acreditar nos preconceitos que carregamos. Em Fake, o Teatro dialoga com o Cinema, numa tentativa de destrinçar a verdade da mentira. A câmara faz o papel de um polígrafo implacável, procurando distinguir um bom actor de um mau mentiroso, num derradeiro close-up.

A apresentação do espectáculo poderá ser complementada com um conjunto de actividades em torno do tema das notícias falsas, verdade e mentira: a Fake Week. Mais informações aqui.

disponível para digressão

Encenação
Miguel Fragata
Texto
Inês Barahona e Miguel Fragata
Com
Anabela Almeida, Carla Galvão, Duarte Guimarães, João Nunes Monteiro e Beatriz Batarda, Isabel Abreu ou Sandra Faleiro
Interpretação vídeo
Beatriz Batarda, Cirila Bossuet, Isabel Abreu, Madalena Almeida, Márcia Breia, Sandra Faleiro, Sílvia Filipe e Teresa Madruga
Vídeo
Tiago Guedes e João Gambino (realização), Bernardo Santos e Francisco Romão (operação)
Cenografia
Henrique Ralheta
Figurinos
José António Tenente
Desenho de luz
Rui Monteiro
Música
Hélder Gonçalves
Desenho de som
Nelson Carvalho

Operação de som
Tiago Correia
Direcção técnica
Cláudia Rodrigues e Luís Ribeiro
Construção da cenografia
Thomas Kahrel
Design
Mariana Rosa e Rita Vieira
Tradução para inglês
Patrícia Azevedo da Silva
Produção executiva
Clara Antunes e Luna Rebelo

Produção
Formiga Atómica
Coprodução
Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Nacional São João e Cineteatro Louletano
Apoio financeiro
Câmara Municipal de Lisboa
Apoio à residência artística
Centro Cultural de Belém, Pólo Cultural das Gaivotas | Boavista, Companhia Olga Roriz
Apoio
ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação
Agradecimentos
Eric da Costa, Freepik.com, Hospital das Bonecas, José Maria Senart, Manuel Silva, Nome Próprio, Nuno Madeira, Silvestre Borges

Público-alvo
Todo o público M/16
Duração
1h45 aprox.
Estreia
17 Outubro 2020 | Centro Cultural Município do Cartaxo [no âmbito da Rede Eunice Ageas / TNDM II]

 

Acessibilidade
Espectáculo disponível com os recursos de interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e audiodescrição (AD)

Propostas complementares: