O Homem Sem Rótulo

No mundo, todos nascemos e morremos. Entre essas duas etapas vive-se uma história. A história de cada um. Muitos passam o tempo a tentar perceber o sentido das suas vidas. Depois de perceberem, é fácil: coloca-se um rótulo, um carimbo, um título na história. Quem é que não gosta de ter um título para a sua história? Um epíteto, um cognome, ou mesmo uma alcunha? Todos gostamos de nos arrumar na gaveta certa. Ou na gaveta errada. Enfim, numa gaveta! E a História também. A História gosta de ser contada com ordem, com arrumação, com rótulos… Com princípio, meio e fim. O problema é que, às vezes, surgem pessoas que parecem transbordar das gavetas da História. Desarrumam tudo e não nos deixam colocar-lhes rótulos.
Este espetáculo é sobre a arrumação da vida de um homem sem rótulo: “José Ângelo Cottinelli Telmo, o…”. Qual o seu epíteto? É que para que o espetáculo aconteça, é preciso que haja um epíteto que defina este homem e que dê sentido à história. É preciso arrumar tudo em gavetas, começar no princípio e acabar no fim.

Será este espetáculo possível?
Será que a História se pode contar só de uma maneira de uma vez para sempre?
Quantos de nós se deixam arrumar em gavetas?
Será que todos temos que ter um rótulo?

Encenação, texto e interpretação
Miguel Fragata
Cenografia e figurinos
Maria João Castelo
Desenho de luz e vídeo
José Álvaro Correia
Sonoplastia
Teresa Gentil
Produção
Formiga Atómica
Co-produção
Formiga Atómica e EGEAC (Padrão dos Descobrimentos)

Público-alvo
Todo o público (M/7)
Estreia
Auditório do Padrão dos Descobrimentos, Lisboa | 8 Fevereiro 2015